Por Carlo Bandeira
Uma História contada por estórias que deram conta de uma trajetória que, em muito pouco tempo, tornou-se história metropolitana.
Arapiraca chama a atenção por sua velocidade no crescimento e desenvolvimento.
Sua importância para o Estado de Alagoas, porque não dizer para o Brasil, foi notória mesmo antes do advento do ouro verde, da cultura do fumo.
Era uma fazenda velha, que iniciou a sua trajetória na agricultura em 1848, com a chegada de Manoel André, desbravador dessas terras.
A sua pujança econômica a levou à cidade, já em 1924.
Limoeiro de Anadia, sua sede originária, passou a conviver com Arapiraca, que já dava sinais de sua verdadeira vocação; para Alagoas, a sua segunda economia.
Nas décadas entre 1960 a 1980, já era a rainha do Agreste com a produção de fumo, monocultura que lhe deu a maior produção da América Latina.
Cidade que acolheu migrantes de todo o Brasil, principalmente dos Estados vizinhos do Nordeste.
Hoje, como a segunda economia consolida do Estado, Arapiraca se prepara para os desafios dos próximos 100 anos. À beira do seu primeiro centenário, a terra de Manoel André já serviu e, serve ainda, como referência para muitos municípios brasileiros.
Na Saúde, antes, os números só anunciavam a alta mortalidade infantil. A partir da década de 1980, tempos findouros da monocultura do fumo, Arapiraca começa a despertar a sua capacidade de cuidar das pessoas. O seu Sistema de Saúde passa a retroceder as estatísticas negativas, incorporando políticas públicas que se tornaram referência para o Brasil. Sua agricultura, agora diversificada, passou a abastecer o Estado de Alagoas com suas hortaliças. Suas administrações municipais passam a fornecer elementos para um crescimento demográfico, ampliando e modernizando sua infraestrutura urbana e elevando o desenvolvimento humano.
Arapiraca, atualmente, é uma cidade que continua referência em crescimento e desenvolvimento no que diz respeito ao direito de cidadania. Aliás, palavra que saiu do papel e está sendo entregue à população que desfruta de mais direitos.
A autoestima de sua gente é patente, está na cara, está no jeito de falar do seu canto, do nosso lugar, da nossa terra. Da terra que cresce todos os dias, onde a esperança de viver uma cidade que em tão pouco tempo conquistou, mesmo com muitos desafios pela frente, a condição de pertencer ao orgulho de quem nela mora e vive.
Arapiraca, preparando-se para mais cem anos.
100 anos não são 100 dias! Parabéns!