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13 de Maio, dia da liberdade de quem?

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Imagem da capa
Por: Carlo Bandeira
Liberdade de quem?
A luta no Brasil, pela liberdade, é notória, plausível e verdadeiríssima. Morro dos Macacos, Zumbi, Quilombos, fugas de índios, mortes, perseguições, tudo isso, capitula a saga em busca da liberdade de um povo subscrito e subjugado à revelia da sua importância, da sua legitimidade. Contudo, verifica-se que a ferida ainda está aberta, pior, alastrando-se até os dias de hoje.
Antônio Conselheiro
Não podemos esquecer Canudos, marco da perseguição de uma sociedade oligárquica, a uma sociedade democrática e solidária, efetivada e dirigida por um “louco”, por um Antônio Conselheiro.
À época, “a  imprensa dos primeiros anos da República e muitos historiadores, para justificar esse genocídio, retrataram o Antônio Conselheiro como um louco, fanático religioso e contrarrevolucionário monarquista perigoso”, texto extraído da Internet. Nada atual, parece-nos este texto!
Nosso povo é uma pintura dantesca. Sempre foi, é e sempre será, é o que ilumina o caminho do nosso sistema formal. Enquanto as raízes da Nação brasileira não brotar de fato, seremos sempre, descendentes de sub-raças, 
Com tantos exemplos de luta, mortes e extermínios, como a dos Caetés, fazem da nossa consciência um corredor de memórias apagadas.
A robustez do povo brasileiro padece nas afirmações de uma elite que teima em não valorizar o que é de Brasil, o que é brasileiro, o que resulta da nossa mistura de raças e culturas.
Somos um povo de lutas perdidas, mas um povo de lutas, de loucos, de insanos portadores da liberdade, que vislumbram, em sonhos, em devaneios, o valor  que ainda perseguimos, bem aqui, na realidade que vivemos.
Vê-se que a liberdade de um povo não decorre de projetos de lei, tampouco das leis efetivas. 13 de maio é uma prova viva e real desta assertiva. Lei não liberta.
O que liberta é a convicção adquirida. As mesmas convicções que nos levam ao sacrifício. Sacrifícios que levaram em suas convicções; os Tupis, os Kariris,  o Zumbi, Frei Caneca, Tiradentes, Antônio Conselheiro, os operários, os passageiros dos ônibus e trens lotados.
Temos tantas datas de lutas. Contudo, data de consciência temos poucas; a consciência negra, em 20 de novembro; e a consciência indígena, 25 de Abril e mais algumas outras poucas datas que comemoramos alguma consciência.

“Não às reformas de Temer”; veremos em que data vai cair!

Fotos: Ilustração/INTERNET