Por Carlo Bandeira
Foto reprodução Alinhamento de Jupter e Saturno |
Findou-se o ano de 2020, que entrou para a história e as estórias de todas e todos os sobreviventes deste mundo, deste quadrante do universo.
Os dois maiores planetas se cruzam e resplandecem um futuro refém do passado. Tudo bem, até aí. Todo futuro tem referências no passado.
Contudo, este ano de 2020, que finda uma década e inicia outra, não foi atípico. Foi, sim, um ano típico de guerra. E o foi de verdade.
Sabemos bem o que estamos vivendo. Um desconforto com tanta informação eivada de propósitos. Propósitos alheios aos interesses difusos, alheios às necessidades das populações desassistidas desse mundo.
Ao mesmo tempo em que o separatismo tenta reinar, o sentimento de reciprocidade também aparece como opção.
Em 2021, ano de novos prefeitos e vereadores, o que esperar?
Nas campanhas eleitorais poucos falaram sobre a pandemia, sobre como enfrentar a covid-19 que teima em persistir.
O contágio continua, a covid-19 não desiste em matar. A pressão da economia sobre os governos e administrações é grande, chega à beira da insanidade. O desemprego, a falta de perspectivas das velhas políticas cai pelo mundo afora. As soluções para a dignidade das pessoas se resumem em vacinas que ainda se mostram psicologicamente frágeis.
Em tão pouco tempo a ciência demonstrou condições de elaborar antídotos ressurgidos de corpos da própria doença.
2021 chega com tons acinzentados. A dúvida parece ser a tônica desse início de década.
Até a Estrela de Belém ganha contornos de planetas alinhados.
Se isso é um sinal, não sei. Mas para muito parece ser.
Mas os sinais estão por todos os ares, por todos os cantos.
Basta desfrutarmos de nossa boa vontade, e usarmos a balança de modo a auferir os prós e os contras da nossa maneira de lidar com o outro, de lidar com o que precisamos para viver nesse mundo que hoje aglutina mais de sete bilhões de bocas, na sua esmagadora maioria, insaciadas pelas injustiças.
Teoria da conspiração, conspirações contra teorias, com isso é que convivemos ou morremos. Nada mais é confiável.
Mas o “novo normal” que surge é esperançoso. A consciência de que precisamos repensar nossas vidas, nossas políticas, nossas ideias e opiniões, está cada vez mais perto.
E o que é o novo normal? Amizade sem aperto de mão, trabalho sem sair de casa, compras via internet, aulas pelo celular, até os abraços são virtuais. Quem tiver condições de viver assim, ótimo. Quem não tiver essa condição, proteja-os, senhor.
Que a estrela de Belém nos guie, mesmo sendo planetas alinhados.