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“Há 482 Anos Nascera a Alma Alagoana”! (capítulo III)

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Imagem da capa
Abertura do Doc. Índios do Brasil – Cap. Tingui Botó

Uma notícia feliz, oportuna, e, sobretudo, valiosa para nós que vivemos em Alagoas, e para os alagoanos natos.
Em seu aniversário de 200 anos, pesquisadores da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco – e da UFAL – Universidade Federal de Alagoas, Através dos Departamentos de Antropologia e Arqueologia, avaliam algumas regiões, de Alagoas, para a instalação do Museu dos Povos Originários do São Francisco. 
Flávio Moraes- Pocinhos, PB
Plinio Victor


O arqueólogo Plinio 

Victor e o Professor Flávio Moraes estudam as possíveis cidades entre Porto Real do Colégio, Penedo, Traipu, Pão de Açúcar, Piranhas e Delmiro Gouveia, para a instalação do museu. São cidades com povoamento de grupos indígenas.

Penedo, Al
É quando se tem a consciência de que a alma alagoana existe há muito tempo. Claro, no que diz respeito à chagada dos engenhos, por aqui. Foi exatamente em 1535, com a fundação de Penedo.
Nesse ano, os brancos começam a lhe dar com a resistência e as características de um povo que vivia nas glebas das alagoas há pelo menos cinco mil anos.
O mestre em arqueologia pela UFPE, Plínio Victor, conta um pouco dessa história;
Rio São Francisco
“O Rio São Francisco e seus afluentes que percorrem terras dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, possibilitaram há milhares de anos, a sedimentação de povos desde os sertões até a litoral desses Estados , que se constituem na matriz genética e cultural sobre a qual se assentou o corpus definidor da Nação brasileira, à qual, posteriormente, se agregaram outras matrizes, a ibérica e  africanas”.
Foz do Rio São Francisco
“Os Tupis, povoadores da região da mata subtropical à foz do São Francisco, e de algumas zonas isoladas em brejos de altitude, pertencentes ao tronco linguístico Tupi Guarani, já são perfeitamente definidos e identificados. Porem, quem são os Tapuias? Cariris? Macro-jês? Estes vivem, ainda, ao longo do rio”.
Kariris Xocós
“A criação do Museu dos Povos Originários do Rio São Francisco será um marco nas comemorações dos 200 Anos da Criação do Estado de Alagoas.
Estado criado formalmente, institucionalmente, em 1817,  sobre uma sociedade iberoindígena fundada em 1535 com a criação de Penedo, por Duarte Coelho, sobre milenares nações indígenas ainda hoje presentes genética e culturalmente na composição de Alagoas”.
Aldeia Kariri Xocó – Porto Real do Colégio, Al


“A reunião desse acervo documental, em um só espaço, servirá de fonte e referência para uma permanente investigação científica. Justamente, a partir do direcionamento das pesquisas, através  da pactuação entre centros universitários, a arqueologia, história, antropologia  e os povos indígenas. Partindo do universo – Alagoas, onde estará o Museu, gradativamente, nesse espaço de memória,  vai abranger numa constante troca de conhecimento,  o âmbito das pesquisas científicas nos Estados banhados pelo rio, sobre os conhecimentos dos Povos Originários do São Francisco, e seus afluentes”.

Plinio e Flávio em sítio arqueológico de Pocinhos-PB
A dedicação e os estudos preliminares estão encabeçados por:
Plinio Victor é Arqueólogo e historiador, membro do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, Diretor Presidente do Instituto Memorial da Borborema – Pocinhos PB, Membro da equipe fundadora do NEA – Núcleos de Estudos Arqueológicos da  UFPE, e orientador da Produção do documentário para a rede de tevês públicas; Índios no Brasil; Flávio Moraes é Professor da UFAL, mestre em Arqueologia pela UFPE, e atualmente faz doutorado em Coimbra, Portugal.
O Jornal de Arapiraca  e Mocambo Web acompanharão e promoverá encontros com autoridades alagoanas para a concretização do projeto e instalação do Museu dos Povos Originários do São Francisco, aqui em nosso estado.

Precisamos conhecer a nossa memória!