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Mestre Afrísio Acácio: um artífice da Música Nordestina!

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Imagem da capa

 

Nascia em 1949, em Campo Grande, Alagoas, Afrísio Acácio.

Criado entre os currais da fazenda da família, tirador de leite, cumpria com zelo as tarefas que seu pai determinava.

Fora criado, igualmente aos seus irmãos, para a atividade rural. Porém, desde cedo, enquanto trabalhava na roça ou no curral, através do rádio, escutava Luiz Gonzaga, Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro, Marines, Trio Nordestino, entre outros. Essa música Pé-de-serra fazia dos ouvidos de Acácio, um berço onde deitava e rolava os ritmados nordestinos que ele tanto amava e amou até o fim de sua vida, aqui entre nós.

Com todo o respeito, “medo do seu Pai”, aquele menino com o DNA das fazendas, contudo, com o espirito de artista Alagoano, trocou a sua bicicleta Caloi novinha, quase sem uso ainda, numa sanfona usada, e ainda retornara alguns mil réis.

Chegando em casa, no pelo de seu burro xucro e a caixa protetora de sua nova aquisição, tentou esconder do seu Pai a sanfona que negociara com o mestre Inhô, sanfoneiro respeitado e famoso naquela época.

Mas, quando apontou na cancela da entrada da fazenda, o seu Pai, na varanda, logo observou o instrumento que estava na garupa daquele burro xucro que trazia o seu filho Acácio.

Conta o Mestre Afrísio; “Êpa! O que é isso? Gritou da varanda, o seu Pai. Respondeu, ele, o Afrisio; é uma sanfona, papai.


Que negócio você fez? indagou o pai. Falou desconfiado o futuro sanfoneiro Acácio; troquei sem torna, papai. Pergunta outra vez, agora com o tom mais severo; E você aprende a tocar isso? Responde o menino Afrísio; claro papai. Eu fiz a troca justamente para a gente mesmo fazer as festas aqui na fazenda, e a gente não precisar tá por aí, de bar em bar. De agora por diante faremos as festas aqui em casa mesmo.

Pronto, com essa conversa fiz a cabeça de papai. E comecei o meu autoaprendizado.

Algum tempo depois, fui convidado pra me apresentar na Praça da feira, em Campo Grande, no serviço de alto-falantes da cidade. O sucesso foi tão surpreendente que, a partir daí, comecei a tocar em batizados, casamentos e, muito principalmente, nos comícios naquela região.

Mestre Afrísio Acácio e sua Sanfônica

As amarras eram tão grandes, que ao completar os meus dezoito anos, resolvi ganhar o mundo e a vida, tocando a minha sanfoninha. E o que me encorajou, foi o fato de meu pai, nas pontas dos pés, arrodeava a varanda e chegava bem perto do meu quarto para escutar eu tocar Asa Branca. Aí eu pensei, estou pronto para ganhar o mundo, e ganhar minha vida fazendo o que mais gosto; tocar minha sanfona, compor minhas músicas e recitar os meus versos.

Sou um Homem feliz e realizado, apesar das dificuldades. Mas sou feliz e agradeço a Deus, a minha família e aos amigos que conquistei nessa caminhada que escolhi para a minha vida.

Enquanto vida eu tiver, não me faltará ânimo para irradiar a nossa verdadeira Arte Nordestina”, finalizou o mestre.

Mestre Afrísio Acácio é a mais verdadeira e valiosa expressão da nossa cultura, da Cultura Nordestina.

Prof. Clébio Araújo(vice-Reitor), Afrísio Acacio e Reitor do CESMAC
Douglas Aprato

É, atualmente, o artista da terra mais reverenciado por todos, inclusive pelas universidades, que reconhecem o seu valor com o título de 

Patrimônio Cultural de Alagoas.

Mas, o maior elogio para o mestre Afrísio Acácio são as suas apresentações em festas ou praças públicas, onde os seus admiradores se deleitam com o mais puro som da nossa cultura, em versos e melodias saídas da sua alma, e da sua sanfona mágica.


Forró na Praça (todas segunda-feira, na Praça Luiz Pereira Lima)

“Afofe o fole”, Mestre! Obrigado por tudo. O seu exemplo nos deixou muito mais Nordestinos. Estaremos sempre escutando os seus versos e harmonias. Os nossos ouvidos se encantam com a nossa cultura graças ao nosso querido menestrel, o Mestre Afrísio Acácio da sanfona.


Forró na Praça do Mestre Afrísio Acácio

   …Naquele forró tá faltando ele!