Meu Brasil Brasileiro, Onde Andarás???
Um dos maiores medos dos nossos Gilberto Freire e Ariano Suassuna, ambos, saudosas personalidade e representantes da mais pura mistura Brasileira, que chancelam a nossa raça na mistura da nossa condição, prolatavam o perigo da universalização sociocultural, em um povo que sempre foi levado às consequências das inconsequentes desvalorização dos usos e costumes da “Nação-Brasil”.
Tinham um medo medonho das culturas advindas d’outros continentes, justamente, por falta de consciência da nossa consciência.
Assim, mostrou-nos a semana de Arte de 1922; “somos um Brasil brasileiro”. Um Povo de cultura miscigenada, porém desamada por nós mesmos. Leia-se, por uma Elite que sempre pregou a preguiça, a malandragem e a falta de nacionalismo, como elementos do povo brasileiro.
O que se constata, hoje, são contas bancárias aos montes fora daqui, fora do Brasil, guardando frutos desonestos, subtraídos de uma população desprotegida, sim, pela elite política dos nossos congressos.
A internacionalização do capital fraudulento, das nossas receitas, será fruto dessa universalização?
A mundialização nos nossos costumes, reflete-se agora, nos profissionais da bola, os conhecidos jogadores de futebol. As grandes estrelas deixaram de lado a nossa paixão por esse deleite esportivo, jogando apenas com as sombras dos seus sucessos, com o brilho de seus cabelos e com a idolatria de outras Pátrias. A bem da verdade, Pátrias que não são a nossa.
Ao Povo brasileiro recai a dura sorte das vontades elitistas de uma classe que não tem o Brasil no sangue.
Precisamos de uma transfusão ou re-transfusão de sangue. De um sangue que caiba todas as cores raciais. Do sangue que alimente a nossa condição cultural, e a cultura da nossa condição nacional.
Ah… Onde andará você, meu Brasil brasileiro. Onde andarás?