Ela lecionou na renomada Escola Estadual Professor José Quintela Cavalcanti e na Universidade Estadual de Alagoas e escritora eleita para Academia Arapiraquense de Letras e Artes
Faleceu nesta segunda-feira (1º) a professora Maria Madalena, aos 76 anos. A informação foi divulgada pela Confraria de Amigos de Arapiraca (Confaa) numa postagem nas redes sociais.
As causas da morte da professora aposentada ainda não foram informadas.
Maria Madalena Barros de Menezes nasceu em 15 de junho de 1948, em Tanque d’Arca (AL), filha dos camponeses Antônio Esposo de Menezes e Maria Barros de Menezes. Teve como irmãos Maria Barros, Afonso e Alonso Barros de Menezes.
Chegou em Arapiraca no final de 1961, para continuar os estudos no Colégio Normal São Francisco de Assis. Ao final do curso de Pedagogia, em 1969, viveu sua primeira e única experiência como professora primária, na Escola Paroquial de Cacimbas, na sacristia da Matriz de Santo Antônio, aos 21 anos de idade.
Em 1970, prestou vestibular para o curso de Letras da UFAL (Universidade Federal de Alagoas). Enquanto universitária, participou do “Projeto Rondon” e presidiu o LUA (Lar da Universitária Alagoana). Sempre participou de movimentos juvenis, de onde extraiu o gosto pelos serviços comunitários.
Em 1975 foi nomeada professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, no Colégio Quintella Cavalcanti (Estadual), em Arapiraca, onde lecionou por 23 anos.
Mas ainda em 1977, passou a fazer parte do corpo docente da então Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca (FFPA), que mais tarde passou a ser Fundação Universidade do Estado (Funesa), atual Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). Na instituição, foi professora de Literatura Brasileira e Portuguesa.
Ao final dos anos 80, Madalena Menezes fez pós-graduação em Literatura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Intensificou seus estudos sobre Graciliano Ramos que reverenciava desde a juventude e em 1992, na então Faculdade de Formação de Professores, coordenou a Semana de Estudos Comemorativos do centenário de nascimento do escritor alagoano.
Em 2000 publicou o livro “Recado aos Meus Irmãos”, do Pe. Antônio Lima (in memoriam), sendo responsável também pela organização e seleção de textos. No ano seguinte foi indicada, pelo Dr. Judá Fernandes, para a Academia Arapiraquense de Letras e Artes (Acala), chegando à vice-presidência da instituição, onde ocupou a Cadeira Nª 30, tendo como patrono o poeta Jayme de Altavilla.
Em 2005 publicou “Historinhas em Torno de um Pastor e seu Rebanho” e, em 2007, criou na Uneal o Projeto ‘Letras no Palco’, como parte da Pró-reitoria de extensão da instituição.
Colecionava chapéus e gatos e ainda mantinha sua paixão por um invejável Volkswagem (fusca), seu carro inseparável desde 1977.
Também era membro fundadora do Coral Villa-Lobos, pertencente a Escola de Música Villa-Lobos, onde fora, inclusive, aluna de teclados.