Editorial/ Jornal de Arapiraca
Por Carlo Bandeira
Que a Tocha nos “Alumie”!
E a claridade sucumbiu às trevas da escuridão. O cenário? não o enxergamos. Só escutamos os movimentos, ou seja, o barulho das trombadas nas interpretações que estamos, atualmente, formulando. Vamos comparar este panorama a um cenário com armários, mesas e cômodas, que foram trocados de seus lugares, em um ambiente entregue ao crepúsculo, e nós, pobres mortais, perambulando a esmo, sem enxergar absolutamente nada, trombando na mobília, em plena escuridão.
Tudo isso, porque estamos assistindo a transmutação do Espirito de nosso ordenamento constitucional. Por exemplo; uns dos objetivos precípuos da nossa Carta Magna, o Direito Difuso, assegura a proteção do Estado aos interesses de todas as classes e camadas da população. Ou seja, Os 204.450.649 habitantes, no Brasil – (IBGE/2015).
Como vemos, os titulares desse instituto, são pessoas indeterminadas, ligadas por circunstância que nos envolva a todos. Porém, nessa prerrogativa, estamos sendo aviltados. O direito de todos, objetivo basilar do nosso regime Constitucional, de um estado democrático de Direito, está sendo famigeradamente estraçalhado pelas interpretações individualistas, como também, coletivas. Premiando parte, ou melhor dizendo, grupos de interesses, diferentemente das ilações à luz do interesse Difuso. Do interesse de todos e para todos.
O que assistimos e ouvimos são as mais diversas interpretações da nossa Constituição. Aliás, nunca as ouvimos tantas. Supremo Tribunal, o que é de direito; Congresso Nacional; redes de televisão, rádio; e as redes sociais, todas as instâncias midiáticas, convergem para a divergência.
Como o Papa é Argentino, e Deus, Brasileiro, fomos abençoados justamente nesta hora. É que passa, por nós, uma luz que facheia, e por alguns instantes, quadrantes daquele cenário com a mobília trocada, entregue à obscuridade.
Uma hora o impedimento da Presidenta Dilma é constitucional, noutra, é golpe.
Esses pontos de vistas, Todos, dizem-se, à luz da Constituição. Como? se tá tudo escuro!
Porém, não houve, e jamais haverá hora melhor para essa Tocha Olímpica “alumiar” a penumbra em que se aloja o objetivo do Direito Difuso, do Direito de todos. Essa escuridão só ressalta o interesse coletivo, aquele que atende e guarda a proteção de um grupo limitado de pessoas.
Que os próximos 180 dias sejam claros de luz. Que os verdadeiros passos não transitem naquela escuridão, debatendo-se e transformando o espirito da lei em um espirito do porco, na malévola oportunidade de tomar para si um poder emanado de todos, e para todos.
Levante-se a tocha para que a claridade, da sua luz, ilumine os Louros da verdade para o bem de todos e felicidade geral da Nação.
Agora eu vou!
O meu Pais me chamou, pra ver a Tocha passar…
